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Medo de Amar

  • Juliana Pellegrino
  • 29 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 9 de nov. de 2020


arte: Pietro Tenuta

Quando procuramos “amor” nos dicionários encontramos muitas definições. Em um deles encontrei 30 tópicos do que poderia ser definido como amor. Mas a verdade é que amor é um dos sentimentos “mais embolados” que temos. Pelo amor passam tantas coisas que, para muitos, é difícil entender o que é estar em estado de amor.

Questões culturais, morais, religiosas, familiares, entre outras, costumam “ditar” a forma pela qual alguém deve amar. Isso faz com que, algumas vezes, as pessoas não se permitam entrar em contato com o que realmente sentem em relação a um outro alguém.


Experiências idealizadas e não correspondidas, amores mal vividos, amores que acabam, amores não correspondidos. Todas essas dificuldades e todas as “intromissões externas” ao amor podem ser prenúncio de uma série de relacionamentos “fracassados”, “desastrosos”, “vazios”, “sem amor”*... De fatos como esses (e outros) surge o famoso: medo de amar.


Quando falo em amor, não é só o amor romântico, de atração sexual. Experiências afetivas vividas de maneira insatisfatória no âmbito familiar ou de amizades também pode afetar a forma de “amar romanticamente”.

Muitas vezes a pessoa não se dá conta que o “medo de amar” nos expõe mais do que nos protege. Não há como fugir de experienciar emoções e, sendo assim, o que fazemos é tentar nos ludibriar para que não vivenciemos situações que possam nos remeter a uma experiência traumática passada. Ou seja: ficamos vivendo uma situação ininterruptamente de maneira desatualizada. Afinal, nem todos os amores e/ou paixões acontecem da mesma maneira!

E está aí uma grande armadilha para que não saiamos da roda dos desamores. Quando ficamos experienciando uma vivência desatualizada não enxergamos a possibilidade de uma resposta de “cura”. Viver o medo do amor não te protege de se machucar. Pelo contrário, te faz viver todos os dias o mesmo machucado. Quem teme o amor não se permite ser amado de uma nova maneira, ficando sempre preso ao desamor que recebeu. Não há chances de conhecer uma nova forma de receber amor se só olhamos pro passado.

Perder o medo de algo só é possível se fizermos contato com o que tememos, com o que o nosso campo atual apresenta para nós e com as sensações que experimentamos.

O amor é tão nosso, mas tão nosso, que uma das melhores formas de se proteger de desamores é conhecer o amor que nós mesmos sentimos. Se sabemos como nós amamos( principalmente como amamos a nós mesmos), nada diferente do que consideramos dignos de receber será “comprado” por nós, seja no amor por um par, seja no amor familiar, seja nas amizades que cultivamos.

Se amar às vezes assusta. E se encarar sozinho/a for demais, não existe problema em pedir ajuda. Pedir ajuda profissional também é uma das maneiras de se oferecer um pouquinho de amor.



* adjetivos usados com base em discursos coletados sobre o tema

Arte: Pietro Tenuta @maniacodamore

 
 
 

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