Vamos falar sobre medo de mudar?
- Juliana Pellegrino
- 6 de jan. de 2018
- 2 min de leitura

É natural e saudável que todo ser vivo mude. As plantas e animais selvagens se adaptam às estações do ano. Os animais mudam seus hábitos alimentares, diminuem o ritmo, alguns hibernam... Mas o ser humano é o que mais resiste a mudar e se adaptar. Evitar que um processo de mudança aconteça ocupa a pessoa com uma situação passada que se transforma em padrões de comportamentos repetitivos e, muitas vezes, já inadequados.
Manter-se preso a padrões antigos de ser limita seu potencial de crescimento, muitas vezes atrapalhando planejamentos e adiando sonhos de vida. Mas o que nos faz agir assim?
A repetição compulsiva de qualquer comportamento é uma tentativa de lidar com algo que é muito difícil. Situações assim tendem a nos levar pro que é confortável, pro que é conhecido, pois, por mais que dê errado, ainda é um errado que você conhece, que você pode prever. Mudar implica em abrir mão do controle, arriscar a chance de algo mais assertivo. O novo pode ser assustador, e não tem problema ser. O que não é saudável é paralisar no medo.
Um ser que não se desenvolve é um ser "sem vida". Toda energia de vida funciona naturalmente na busca de um bom desenvolvimento. Todos temos dentro de nós o impulso de buscar sempre o que nos faz bem. Esse impulso pode perder o foco se temos medo. O medo desajustado nos afasta do contato com a nossa saúde. Não faz mal ficar assutado e apreensivo com o que não conhecemos, ter esse primeiro impulso pode até ser bom para avaliar os riscos de uma situação e se preservar. Mas essa energia nunca deve ser cristalizada como o principal comportamento. Se não, ao invés de nos preservarmos, acabamos nos afastamos das adaptações necessárias para seguirmos em um funcionamento pleno e saudável.
É preciso fechar situações inacabadas e deixar esse fluxo de energia se direcionar ao novo, sem gastar tempo e vida em algo que já não funciona mais. Abra mão de seus hábitos e ações que te impedem de se experimentar no mundo. Nem sempre esse processo é fácil de ser feito sozinho. Por isso a terapia cria um espaço seguro e com suporte necessário para que esse novo possa emergir, resignificando um passado desatualizado. E você, como anda seu crescimento?
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