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O que é Estereotipia?

  • Juliana Pellegrino
  • 1 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

Como vimos no texto “Conhecendo o cérebro do Autista”, para conseguirmos agir adequadamente com as estereotipias de nossas crianças é preciso conhecê-las. Então, nada melhor do que saber: O que são elas?

É qualquer comportamento motor, verbal ou emocional que acontece de maneira repetitiva e sem motivo aparente para quem observa.

Uma das coisas mais importantes que precisamos entender é que se tratam de comportamentos regulatórios consequentes à alguma necessidade da criança (ou adulto) que não está sendo suprida por algum motivo – muitas vezes desconhecido.

A Estereotipia é um AJUSTE e não um “problema”. Todos nós temos algum comportamento auto-regulatório, exemplos: se balançar, sentar de pernas cruzadas ou dar pulinhos quando muito apertado para ir ao banheiro; roer unhas; piscar ou fechar o olho quando chega em algum lugar muito iluminado, morder tampa de caneta assistindo uma aula, entre muitos outros exemplos.

A diferença dos nossos comportamentos auto-regulatórios para os dos autistas está na frequência com que são realizados e no comprometimento de atenção que essas estereotipias acabam trazendo.

Os exemplos mais comuns de estereotipias observadas em crianças com TEA são:

– Flapping (movimento de balançar as mãos);

-Girar em torno de si mesmo;

-Interesse excessivo em observar objetos que giram;

-Pular em cama, sofá, no chão;

-Balançar o corpo para frente e para trás;

-Deixar o olho fixo em um objeto e movimentar apenas a cabeça;

-Andar na ponta dos pés;

-Fazer sons de estalo com a língua

-Repetir frases, palavras, trechos de músicas ou filmes fora do contexto considerado adequado;

-Gritar sem motivo reconhecido;

– Lamber as mãos;

– Repetir frases ou palavras por longos períodos fora do contexto;

– Bater na cabeça;

Todos os exemplos se adequam a crianças com cérebros mais imaturos. À medida que esse cérebro vai amadurecendo, as estereotipias ganham um caráter mais avançado. Tendem a se voltar para comportamentos repetitivos de ordem superior que são mais voltados para rituais, rotinas e compulsões.

Esses padrões podem se tornar habilidades. A pessoa que gosta de carros, por exemplo, vai saber tudo sobre eles, colecionará miniaturas, provavelmente trabalhará no meio e se tiver oportunidade só falará sobre o tema. As citadas anteriormente podem permanecer em alguns casos mais severos.

*Esse texto foi elaborado por Juliana Pellegrino para a plataforma "Criança e Saúde"

 
 
 

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