Dedo Podre
- Juliana Pellegrino
- 6 de jan. de 2018
- 2 min de leitura

Sempre chegam ao meu consultório pessoas sofrendo por não se sentirem suficientemente amadas por seus parceiros(as) ou que não conseguem encontrar alguém que as trate bem ou respeitem. Tanto homens quanto mulheres.
E uma das primeiras coisas que confiro nesses casos é: o quanto essa pessoa se valoriza, verdadeiramente. Em grande parte dos casos, pessoas "com o dedo podre", não tem uma boa relação com sua auto estima. E isso, nem sempre, é tão claro. Precisa-se muita atenção no olhar. Para podermos reconhecer um bom amor, precisamos saber nos oferecer um bom amor. Se nem nós somos capazes de amar a gente como merecemos, como uma outra pessoa será capaz de fazer isso? É preciso que você faça boas escolhas por si mesmo, que se oferte sempre o melhor que você puder. É ter aquele egoísmo saudável e escolher primeiro a si. Seu bem estar. Claro que teremos que fazer concessões na vida e que pensar em nós e nos priorizar implica, ainda sim, em respeitar ao outro e nunca subjulgar alguém (nem você mesmo). Como você se ama hoje? Que tipo de coisas você acha que merece? O quanto você merece ter coisas boas? O quanto você merece ser feliz? O quão sortudo(a) alguém será por ter você ao lado pra compartilhar a vida? Comece a olhar pro seu amor, antes de procurar um amor externo pra somar ao seu. Ofereça a si sempre os melhores pensamentos sobre você, os melhores alimentos, roupas que te façam se sentir bonito(o), lazer, priorize sua saúde e não, apenas, seu trabalho. Para fazer isso não precisa ser rico, gastar "rios de dinheiro" ou ser financeiramente irresponsável. Significa priorizar você (inclusive tomando cuidado com os gastos) e seu bem estar. Significa ter o pensamento de cuidar de si a cada escolha que faça. A consciência de nosso amor por nós precisa ser constante. Não se cobre se amar, mas não desista de fazer isso por você. Olhar com afeto pra si, pode ser difícil... E se for esse o caso, busque uma ajuda profissional.
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