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Cada um oferece aquilo que transborda

  • Juliana Pellegrino
  • 6 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

Arte Neko Katz

Como vamos tratando ao longo de diversos textos, todo ser humano se organiza para funcionar dentro da sua melhor potência. Mesmo que ela possa não ser considerada ao olhos sociais a "melhor opção", a ação de cada um reflete, quase sempre, o melhor que aquela pessoa foi capaz naquele momento. Alguns aprendem com as ações disfuncionais e na próxima vez busca oferecer o melhor que consegue, naquele novo momento, de uma nova forma. Outros não conseguem trocar o padrão de ação, ficando presos aos movimentos que não lhes são salutares.

Quando conseguimos entender esse movimento, quando aprendemos a olhar para as pessoas e perceber que elas (e nós também) só são capazes de nos oferecer o que possuem, fica um pouco mais fácil de lidar com o mundo. Se você desperta para esse olhar, entende que não adianta cobrar de alguém algo que esta pessoa não pode te oferecer. Ou, também, consegue ser mais tolerante ao perceber que algumas diferenças não significam rejeição ao seu modo de ser, mas, sim, que aquela pessoa também tem um mundo de lindezas dentro de si e quer poder transbordar ao seu lado. Afinal, quando transbordamos juntos podemos pegar um novo recipiente e juntar nossas lindezas com a de quem escolhemos conviver. Cada um pode ter o seu conteúdo individual, sem se anular, mas construir algo novo juntos. Cada um buscando ser sempre o seu melhor.

Quando, porém, o melhor do outro não é o suficiente pra você, tudo bem também. Não é por saber que cada um só oferece o melhor que consegue (mesmo que isso seja "o pior") que temos que nos contentar em receber isso. Reconhecer a potência de cada um nos ajuda, justamente, a reconhecer no que há reciprocidade e o que nós precisamos. Abrir mão de relacionamentos, de qualquer natureza, se torna algo mais justo quando aprendemos a ter esse olhar.

Transborde sempre o que de melhor você conseguir. Misture-se sempre com o melhor que encontrar. Entender a dor dos outros não significa precisar se perder nelas.

E você, o que transborda no mundo?

 
 
 

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